Atualmente não existe tratamento medicamentoso eficaz para os sintomas da síndrome pós-pólio!
Alguns estudos avaliaram o uso de piridostigmina, imunoglobulina humana endovenosa, modafinil e outras drogas como amantadina, hormônio do crescimento e corticóides.
A piridostigmina, um agente anticolinesterásico, poderia amenizar os sintomas através do aumento da concentração de acetilcolina na fenda sináptica, melhorando a transmissão neuromuscular. Os estudos são controversos com relação a sua eficácia, sendo que os randomizados não mostraram redução da fadiga, apesar do benefício limitado na performance física!
A Imunoglobulina por sua vez, poderia ser benéfica pelo seu efeito anti-inflamatório, porém, apesar dos estudos mostrarem melhora em marcadores de qualidade de vida, não evidenciaram ação na força muscular.
Modafinil, um agente estimulante usado na narcolepsia/hipersonia idiopática e no distúrbio do sono relacionado ao trabalho em turnos, foi avaliado no tratamento da fadiga na síndrome pós-pólio. Os resultados mostraram ausência de efeito comparado ao placebo.
Outros medicamentos como prednisona, amantadina e hormônio do crescimento também não foram efetivos.
Os portadores de SPP devem evitar alguns medicamentos que podem exacerbar a fadiga ou interferir na transmissão neuromuscular como beta-bloqueadores, benzodiazepínicos, agentes bloqueadores neuromusculares, fenitoína, lítio, fenotiazinas, barbitúricos e alguns antibióticos como tetraciclínas e aminoglicosídios.
Existem muitas perguntas a serem respondidas...
Será que todos os indivíduos que realizam atividades físicas acima dos limites propostos serão potenciais candidatos para o desenvolvimento da SPP?
Existem fatores individuais, ainda não descritos na literatura, que poderiam contribuir para o aparecimento da SPP?
Infelizmente, essas questões não serão respondidas até a realização de experiências de curta e longa duração envolvendo uma padronização com medidas similares de resultado.
As pesquisas continuam e isso é bom! Vale lembrar que nenhum dos medicamentos citados acima devem ser tomados sem a prévia autorização de seu médico! Lembre-se, as variáveis são muitas e o que pode funcionar para um grupo pode não ser bom para você!
Fonte:
Revista Neurociências
Guia de Reabilitação Neurológica na Síndrome Pós-Poliomielite: Abordagem Interdisciplinar