Esse estudo comparou a demanda energética da marcha em indivíduos com SPP e sujeitos normais e, também a utilização de órtese de Fibra de Carbono.
Foram selecionados para o estudo um total de 28 pessoas, 14 pacientes com diagnóstico de SPP e 14 não. Ao final do estudo algumas conclusões foram extraídas:
O gasto energético na marcha em pacientes com SPP estava fortemente relacionado à extensão e ao grau da fraqueza muscular nos membros inferiores. Embora a variabilidade dos resultados tenha sido expressiva tanto para o grupo-controle quanto para o experimental, à reprodutibilidade dos instrumentos foi alta.
Uma avaliação metabólica do gasto energético na marcha de pacientes com SPP faz-se necessário para uma melhor certificação dos profissionais envolvidos na reabilitação física, de que as atividades propostas não ocasionem “super treinamento” e fadiga anormal dos neurônios remanescentes da ponta anterior da medula espinhal.
Com proposta de comparar os efeitos da utilização de distintos modelos de órteses joelho-tornozelo-pé, na marcha de pacientes com SPP, um estudo realizou um prospectivo não-controlado, com posterior acompanhamento de 6 meses. Foram recrutadas 20 pessoas com SPP com sequelas residuais nos membros inferiores.
Alguns participantes receberam o novo modelo de órtese constituído por fibra de carbono, adaptado de acordo com as alterações biomecânicas dos pacientes, enquanto outros utilizaram o convencional.
Os resultados obtidos mostraram uma diminuição de gasto energético de até 18% nos pacientes que utilizaram o novo modelo, quando comparado ao convencional. Melhorias na flexão do joelho e nos padrões da marcha também foram constatadas.
Ao final do estudo os autores chegaram a conclusão que a utilização desse novo modelo, promove um melhor desempenho na execução dos padrões da marcha e nas reações de equilíbrio, além de reduzir o “super treinamento”.
Nos pacientes com SPP, os que utilizaram o equipamento mostraram um aumento do comprimento dos passos e maior velocidade da marcha quando comparados ao grupo que não as utilizou ou fez uso de órteses convencionais. Tal fato deve-se principalmente ao fato de uma melhor adaptação e leveza de tal equipamento!
Fonte:
Revista Neurociências
Guia de Reabilitação Neurológica na Síndrome Pós-Poliomielite: Abordagem Interdisciplinar