Como faço a transição de fazer tudo sozinho para deixar que outros ajudem?

Um Sobrevivente da Pólio fez esse questionamento para a Dra Stephanie Machell,  e Dra Olkin, especialistas em Síndrome Pós Pólio! “Que perspectiva vocês podem compartilhar conosco sobre como lidar com o pedido de ajuda quando durante grande parte de nossas vidas temos enfrentado desafios como sobreviventes da poliomielite? Como faço a transição de fazer tudo sozinho para deixar que outros ajudem, sem perceber isso como mais uma perda?”

Stephanie Machell, PsyD:

Às vezes é difícil dar uma resposta que se adapte às especificidades de cada um, porque cada um está em uma situação diferente, mas acho que o que eu gostaria de enfatizar é que você precisa ao menos tentar! Você não vai de repente ser capaz de fazer isso com grande facilidade. Pense em qual é a sua solicitação de menor custo. A quem você pode pedir que lhe dará um “sim” ao seu pedido, e a quem será menos prejudicial se disser “não”. Fortaleça um pouco seus músculos emocionais perguntando.

Se tiver filhos, pode começar com eles… Recebemos relatos dos filhos de Sobreviventes da Pólio que não sabem como agir para ajudar, por temer a reação dos pais.  Então, você pode começar por eles! Os cônjuges são mais complicados. Sempre digo que o papel mais difícil na família da poliomielite é o do cônjuge poliomielite. Mas pense em quem você pode experimentar e então veja como funciona e aumente gradualmente.

Dra. Olkin (também Sobrevivente da Pólio):

Muito disso tem a ver com a forma como você pensa em pedir ajuda. Quando você enquadra isso como “Não posso fazer isso e dependo de outra pessoa para fazer isso”, esse é um enquadramento muito negativo. Mas se você pensar nisso em termos de “Posso fazer isso com ajuda”, essa é uma maneira menos negativa de enquadrar a questão. Mas gosto da ideia de que Stephanie disse de exercitar o músculo que pede. Acho que é realmente uma boa maneira de agir sobre isso!

Fonte:

Post-Polio Health Vol. 39, No. 2 Spring 2023 www.post-polio.org