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SPP X Diabetes!

Diabetes x Sobreviventes da Pólio!

“Estudos analisaram o açúcar no sangue em relação a atenção e memória em sobreviventes da pólio com fadiga. Descobriu-se que a baixa do açúcar no sangue dos sobreviventes,  foi cerca de 20% ABAIXO do normal, os cérebros dos sobreviventes da pólio agiram como se estivessem hipoglicemicos. Isso mostra o perigo do tratamento em diabéticos mais velhos, que podem ter hipoglicemia, causando quedas, acidentes e até mesmo morte. Esse aviso deve se aplicar aos sobreviventes diabéticos da pólio, cujo cérebro já pode ser hipoglicemico! Converse sobre isso com seu Médico!” – Dr. Richard L. Bruno, HD, PhD, diretor do Centro Internacional para a Educação da Pólio. Abaixo segue, trechos do artigo comentado pelo Dr. Richard Bruno.

Quando o tratamento do diabetes vai longe demais!

“Um de meus pacientes idosos tem diabetes tipo 2 e doença cardíaca. Ele toma vários medicamentos, incluindo insulina, para controlar os níveis de açúcar no sangue. Há alguns anos, ele dirigia quando o açúcar no sangue caiu repentinamente. Ele se sentiu tonto por um momento e acabou batendo em uma árvore!

Existem cerca de 11 milhões de americanos com mais de 65 anos com diabetes. A maioria deles toma medicamentos para reduzir os níveis de açúcar no sangue. A questão, é que o desejado são níveis bem baixos de açúcar no sangue, em torno de 7.  Os primeiros estudos mostraram que isso pode reduzir o risco de complicações do diabetes, incluindo problemas nos olhos, rins e nervos.

Tudo isso parece ótimo. Mas, pelo menos para pessoas mais velhas, existem sérios problemas. Para começar, os benefícios dessa estratégia para a saúde são incertos para os idosos. Os primeiros estudos foram conduzidos em pessoas com diabetes tipo 1 ou com pacientes mais jovens com diabetes tipo 2 recém diagnosticada.  Ensaios subsequentes com pacientes mais velhos levantaram dúvidas sobre os benefícios.

Pior, almejar níveis baixos de açúcar no sangue pode causar danos. Em um caso, os pesquisadores realmente tiveram que interromper um estudo mais cedo porque os pacientes que almejavam níveis de hemoglobina de seis ou menos tiveram taxas significativamente mais altas de morte do que os pacientes que almejavam níveis de sete.

Não sabemos exatamente por que isso aconteceu. O que sabemos é que buscar níveis abaixo de sete aumenta o risco de “hipoglicemia” ou reações de baixo açúcar no sangue. As reações graves podem resultar em confusão, coma, quedas, fraturas, ritmos cardíacos anormais e até morte.

Os idosos são especialmente suscetíveis à hipoglicemia grave. Com a idade, os rins tornam-se menos eficientes, o que faz com que a insulina (ou outras drogas) se acumule no corpo; isso, por sua vez, pode levar à hipoglicemia. Além do mais, os idosos costumam tomar vários medicamentos, alguns dos quais podem interagir com medicamentos para diabetes. Isso também pode causar hipoglicemia.

O uso de vários medicamentos ou regimes complexos de insulina também aumenta as chances de erros, como tomar a dose errada ou o tipo errado de insulina. Finalmente, os idosos apresentam menos sintomas de alerta quando experimentam leves quedas no açúcar no sangue, e isso deixa menos tempo para reagir e tratar o problema antes que se torne grave. Isso é exatamente o que aconteceu com meu paciente.

Parte do problema é que existem fortes incentivos para manter o status quo. A indústria de medicamentos para diabetes tem grande interesse em vender seus produtos para o maior número possível de americanos e tem sido muito bem-sucedida em fazê-lo. Não há nada de errado em a indústria vender seus medicamentos, mas é trabalho da classe médica orientar o tratamento que os pacientes recebem. Para fazer isso corretamente, os médicos com vínculos financeiros com a indústria de medicamentos para diabetes não deveriam estar escrevendo diretrizes sobre como usar esses medicamentos. No momento, isso ainda é comum.

Em última análise, a mudança dos paradigmas atuais requer que os médicos façam parceria com seus pacientes na tomada de decisões sobre o tratamento. Os pacientes precisam entender que existem diferentes opções, com diferentes riscos. O objetivo não é obter uma pontuação perfeita em um boletim escolar, mas pesar esses riscos para tomar uma boa decisão.

Meu paciente ficou apavorado com a perspectiva de ter outro acidente de carro – uma preocupação completamente razoável – e decidimos usar menos insulina e deixar seus açúcares subirem. É possível que isso aumente ligeiramente o risco de problemas renais ou oculares. Mas esse era um risco que ele estava mais do que feliz em correr!”

Por Kasia Lipska,endocrinologista da Escola de Medicina de Yale.

Fontes:
https://www.papolionetwork.org/uploads/9/9/7/0/99704804/blood_sugar_can_be_too_low_in_pps_diabetics.pdf

https://www.nytimes.com/2015/01/12/opinion/when-diabetes-treatment-goes-too-far.html

 

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