Poliomielite no Brasil
Poliomielite um novo Olhar, comemorando a Vida, cuidando da Saúde !
No Brasil, Janeiro. os primeiros registros da poliomielite apareceram em 1911, em São Paulo e no Rio de Em 1917, o estado de São Paulo apresentou uma epidemia poliomielite e , ressaltando a importância da induziu sua notificação obrigatória no estado. Em seguida, surtos de certa magnitude foram registrados a partir das décadas de 30 e 40 em outras capitais brasileiras.
A transição da fase endêmica para a epidêmica da poliomielite no município de São Paulo ocorreu na década de 50, com a ocorrência de várias epidemias, culminando com as epidemias de 1959 e 1960. De forma distinta àquela dos países desenvolvidos, a fase epidêmica da poliomielite no Brasil não foi acompanhada por desvio para faixas etárias mais velhas: mantevese como doença predominantemente de menores de quatro anos, com cerca de 80% a 90% dos casos. As taxas de incidência eram mais elevadas entre os menores de um ano, os quais superavam em cerca de três vezes aquela verificada no grupo etário de um a quatro anos. Esta situação persistiu até o início das campanhas de vacinação em massa, em 1980.
A vacinação contra a poliomielite foi introduzida em 1962 irregularidade das campanhas. Em virtude disso, sucessivas , com baixas coberturas vacinais e epidemias nos anos 60 e 70 deixaram um número elevado de pessoas com sequelas da doença. O poli vírus tipo 1 foi o responsável por mais de 90% dos casos.
As Campanhas Nacionais de Vacinação em massa iniciaram-se em 1980. A partir de 1985, intensificou-se tanto a vacinação de rotina como as campanhas, de maneira a permitir que a vacina oral trivalente (VOP) contra a poliomielite atingisse elevadas coberturas.
Com a introdução da vigilância das paralisias flácidas agudas, a investigação rápida dos casos suspeitos e a vacinação de bloqueio dos indivíduos expostos foi possível interromper a cadeia de transmissão da doença no Brasil no final dos anos 80.
A partir de 1988, essa mesma proposta assumiu abrangência global sendo muito bem-sucedida, com a chancela da Organização Mundial de Saúde, mediante o desenvolvimento do Plano de Erradicação da Poliomielite associada ao Vírus Selvagem. Houve rápida diminuição da incidência da doença, de 350.000 casos distribuídos em 125 países para 1.253 casos em 2004, atingindo somente dez países, com redução da morbidade em 99%.
As últimas cepas de poli vírus selvagem isoladas no Brasil ocorreram em 1989 e o certificado de erradicação (regional) foi assinado em 1994 abrangendo toda a região das Américas.
A doença deixou de ser um problema de saúde pública em boa parte do globo desde o final dos anos 90. (MS, 1994)
Fonte: Mônica Tilli Reis Pessoa Conde. Síndrome pós-poliomielite: aspectos epidemiológicos e prognósticos. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública para obtenção do título de Mestre em Saúde Pública. Área de Concentração: Epidemiologia. Orientador: Prof. Dr. Eliseu A. Waldman. São Paulo . 2007