SPP e Depressão: uma luta invisível!
Para quem sobreviveu à poliomielite, a jornada nunca foi simples. Desde os primeiros desafios físicos até as conquistas diárias de autonomia, cada passo foi marcado por resiliência. No entanto, muitos enfrentam um inimigo silencioso que costuma chegar anos depois da fase aguda: a Síndrome Pós Pólio (SPP) — uma condição complexa que pode trazer fadiga intensa, fraqueza muscular progressiva, dores articulares e, frequentemente, sintomas de depressão.
Se você sente que algo mudou — um cansaço inexplicável, desânimo, dores que não passam ou uma tristeza constante — saiba que você não está sozinho. Estudos mostram que uma parcela significativa dos sobreviventes da pólio desenvolve sintomas depressivos, muitas vezes como reflexo da frustração de perder habilidades que já haviam sido conquistadas com tanto esforço!
Por que a depressão é comum na SPP?
- Perda de função: Reviver antigas limitações pode despertar sentimentos de impotência.
- Isolamento social: O medo da dependência ou da limitação física pode afastar a pessoa do convívio com outras.
- Fadiga crônica: O corpo exige mais repouso, mas a mente cobra produtividade — e isso gera culpa.
- Dor constante: A dor física persistente afeta diretamente o humor e o equilíbrio emocional.
O que você pode fazer para vencer esse ciclo?
Fale sobre o que sente
Buscar ajuda profissional é um ato de coragem. Psicólogos, psiquiatras e grupos de apoio especializados em doenças neuromusculares podem oferecer um espaço seguro para acolher emoções e traçar estratégias de superação.
Não se compare com o passado
Você ainda é você — com novas necessidades, sim, mas também com novas forças. A vida muda, o corpo muda, e isso não significa regressão, mas adaptação.
Adote pequenas rotinas de autocuidado
Fisioterapia aquática, alongamentos leves e meditação guiada são práticas que ajudam a aliviar dores e promovem bem-estar emocional.
Conecte-se com outros sobreviventes
Trocar experiências com quem passa por situações semelhantes alivia a carga emocional e fortalece a autoestima.
Trabalhe o cérebro, não só o corpo
Estude, leia, crie. O cérebro precisa de estímulo positivo. Muitos sobreviventes encontram novos propósitos ao compartilhar sua história, mentorizar jovens ou envolver-se com causas sociais.
Lembre-se: pedir ajuda não é fraqueza — é maturidade.
A Síndrome Pós Pólio e a depressão podem caminhar juntas, mas não precisam definir sua vida. Com o suporte certo, é possível encontrar uma nova forma de viver com qualidade, dignidade e alegria. A estrada não é fácil, mas cada passo, por menor que pareça, é uma vitória imensa. Siga em frente…
Fonte:
https://post-polio.org/