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The Polio Paradox

Reflexões sobre a Pólio!

Laura Vittorioso, sobrevivente da pólio, escreve sobre o livro “The Polio Paradox “ do Dr Richard L. Bruno.

“Acabei de ler o livro do Dr. Richard Bruno, The Polio Paradox. Aprendi muito sobre a poliomielite. Nos anos 50, quando contrai a Pólio, foi-me dito que os neurônios motores que controlavam o movimento muscular foram danificados ou destruídos e isso foi tudo. Contrai a Poliomielite aos vinte meses, o que me deixou sequelas. Desde então tenho andado com suspensórios e muletas!

Eu não sabia que a poliomielite é uma doença do cérebro e da medula espinhal. Muitas das “doenças” com as quais tenho lidado nos últimos vinte anos, atribuo a “ficar mais velha com poliomielite.” Meus médicos não pareciam entender meus sintomas, muitas vezes me mandando repetir sessões de fisioterapia com a finalidade de “fortalecimento”! O que sempre me deixou mais cansada e “exausta”.

Instintivamente percebi ao longo dos anos que não posso mais fazer o que costumava fazer; que eu preciso desacelerar por causa da dor muscular e fadiga. Mas isso é difícil para nós que construímos nossas vidas em fazer para compensar nossa deficiência. Na verdade, quando criança, os fisioterapeutas me disseram que eu teria que trabalhar mais e ser melhor do que aqueles que não eram deficientes.

Era uma situação do tipo: ou você trabalha duro para alcançar algum tipo de normalidade ou será deixado para trás, ficando em casa e não participando da sociedade! Eu nunca quis ser a minha deficiência; eu queria ser como todo mundo. Eu segui minha vida como se eu não fosse deficiente; no entanto, isso me faria tropeçar de vez em quando como um lembrete. Agora, nos meus 70 anos, é um lembrete constante!

Tenho que tomar decisões todos os dias sobre o que posso e o que não posso assumir. Por exemplo, o domingo sempre foi o meu dia de limpeza e lavanderia, pois sempre trabalhei em período integral. Eu não posso mais aspirar, lavar roupa, trocar a cama e cozinhar para a semana em um dia. Eu posso ser capaz de lavar a roupa e trocar a cama, mas isso é tudo. É difícil para mim ver as coisas que quero e preciso fazer e não ser capaz de conseguir fazer!

Eu me envolvi com esportes adaptativos no início dos meus 50 anos. Eu gostaria que tivéssemos esportes adaptativos quando estávamos crescendo. Comprei uma bicicleta usada. É uma bicicleta de três rodas que você motoriza com os braços. Tem sido uma atividade que gosto. Consegui sair na natureza, em caminhos arborizados e avenidas oceânicas. Eu saía com grupos organizados para que houvesse ajuda para tirar a moto do meu carro e montar.

Para fazer um passeio de bicicleta tenho que abrir mão de outra coisa, como lavar roupa ou trocar a cama. Estou tentando descobrir como manter as atividades que gosto sem me cansar totalmente! Como sobreviventes da pólio, tivemos que descobrir as coisas.

Quando tive meu primeiro filho, vieram as questões: como carregaria o bebê? Como conseguiria levar ele no carro para uma consulta médica, quando meu marido estivesse no trabalho?

De alguma forma eu descobri e criei dois filhos. Os efeitos tardios da poliomielite podem ser difíceis de entender – não apenas para mim, mas para minha família e amigos que nunca me consideraram deficiente.

Este livro é bem escrito e de fácil leitura. Os diagramas detalhados do Dr. Bruno permitem entender o que está acontecendo no cérebro e na coluna vertebral. Como resultado, entendo não só o que aconteceu comigo quando eu era criança, mas creio, de maior importância, eu entendo o que está acontecendo comigo agora. Desde que estou lendo o livro estou tentando tomar decisões conscientes: reduzir minha carga de trabalho, fazer mais pausas para descanso e a transição para mais tempo na cadeira de rodas.

É mais um desafio.  Agora tenho uma melhor compreensão do conselho principal do Dr. Bruno, “Conservar para Preservar”“.

Fonte e Foto:
https://www.papolionetwork.org/uploads/9/9/7/0/99704804/july_2022_news_update.pdf

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